quarta-feira, 14 de março de 2007

Nascemos para o encontro...

"O homem, quando jovem, é só, apesar de suas múltiplas experiências. Ele pretende, nessa época, conformar a realidade com suas mãos, servindo-se dela, pois acredita que, ganhando o mundo, consiguirá ganhar a si próprio. Acontece, entretanto, que nascemos para o encontro com o outro, e não o seu domínio"
O Encontro Marcado, de Fernando Sabino.

Com o que mais me identifiquei? Com as vírgulas. E com as palavras.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Agora entendo a sobra de calor em mim e o frio de meu ambiente.

Na vida sempre se tem um Tempo pra alguma coisa. Um Tempo que dure o tempo que for, mas um Tempo. E esse Tempo de agora está para buscas. A mudança já se fez por si só, já foi a própria ação. A Busca não... Ela não existirá sem que a dona da ação seja eu mesma.

Há coisas das quais preciso tanto, mas com o passar do ano ou dos dias deixei de lado em nome de umas necessidades até então prioritárias. Mas o q é imediato não preenche verdadeiramente o espaço vazio... É só um "tapa buraco" ou um "step" para as necessidades emocionais. Nos últimos tempos tenho agido mais por espontaneidade (resultada de uma velha busca minha)... e as ações espontâneas me resultaram muitos prazeres imediatos mas nada duradouros, mesmo que também tenham proporcionado emoções intensas. Tenho me relacionado com minhas vontades de modo tão fugaz que outras questões internas ficaram esquecidas.

Minha atenção tem sido egoísta. Priorizei-me tanto (vestígio de um Tempo passado provido de carência) que esqueci dos demais. Passei a sentir menos as pessoas, a observá-las menos, admirá-las, escutá-las, entendê-las, conhecê-las menos. Acomodei-me numa solidão confortável e mais triste. Minha atenção tem estado toda voltada para a minha vida... Para a beleza da minha vida e dos meus sentimentos por algumas outras pessoas. Meus dias se tornaram uma linha de uma só cor, com altos e baixos e sem pontos em comum com a linha dos dias de outras pessoas.


Então, tendo sentido e identificado minha falta de outros, de ser cúmplice, de me entregar e de acolher realmente aflições e alegrias alheias; tendo sentido e identificado minha indignação absorvida com esses seres sociais, com esse maniqueísmo torto, a decepção com atitudes, as experiências frustrantes e doloridas e o meu medo de tudo isso; tendo sentido e identificado todo o torpor após tudo o que foi citado, tenho a necessidade de mudar tudo isso. De BUSCAR tudo o que tenho renegado.

Preciso expandi-lo e doá-lo. Para isso, preciso também prestar mais atenção no meu espírito... Preciso me ligar mais a ele... Espiritualizar-me. Buscar seriamente corrigir no meu eu profundo o que tanto tem me atrapalhado. Preciso de paz... De uma paz diferente. Paz nem comigo, nem com os outros... Uma paz. Resgatar a TERNURA.