terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

OTIMISMO

"- Rapadura é doce mas não é mole não!

- ... É dura mas com jeitinho dá pra comer!"

RAIOS!

Estou radiante!
Se não para fora, ao menos para dentro.
Estou excitada com cada novidade que me aparece!
E as agarro com toda paixão possível!!!
Quero viver como eu nunca deveria ter parado de querer: viver intensamente cada segundo relevante.
Aprendi a relevar as situações irrelevantes que me aparecem... e aprendi tão bem que mal chego a me lembrar dessas situações... a não ser que eu tire alguma lição delas.
Taí, tenho aprendido muitas coisas e isso só foi possível depois de passar por toda aquela prova repleta de pedras pesadas que tive que carregar por um longo período... sabia que toda aquela errância nada livre no fim teria que dar algum fruto bom.
Aquele tempo de tristeza, solidão, abandono... aquele tempo perdido e escuro em que a distorção era tanta que nem mesma eu me encontrava... aquele tempo foi necessário. Hoje sei. Ele demonstrou minhas limitações e horizontes; meus males e “benes”... também demonstrou que minha capacidade de superação é maior do que eu imaginava... talvez eu nunca tivesse pensado que poderia chegar tão fundo, mas, ao chegar, pude conhecer minha capacidade de emergir majestosamente.
Por saber e me lembrar disso, dou um valor precioso para meu bom estado de espírito de agora. Antes eu já dava valor, é verdade, mas agora tenho meus motivos.
Sentimentos embasados em algo concreto demonstram só uma coisa: experiência de vida.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

ATROPELOS

Tenho tido dias de pressa com momentos de relaxamento. Preeeeeeeeeeeeessa, calllllllmaria... Preeeeeeeeessa, callllmaria...
Não sei se isso faz bem ao coração... mas que me mantêm ocupada, ah se mantêm...

Pressa para dormir: pressa pra tomar banho, lavar os cabelos, jantar, arrumar o quarto... calmaria para assistir um filme na cama e descansar...

Pressa para levantar: calma nos 10 minutos a mais na cama; pressa para escovar os dentes, trocar de roupa, lavar a maçã e chegar na parada de ônibus... calmaria na viagem; sem pressa de conversar com a conhecida, nbem de comer a maçã.

Pressa em chegar na sala de aula: depois pressa em fazer a orofessora chegar logo, em ver amiga chegar e, enfim, em dar a ho0ra do intervalo... daí sem mais pressas na social.

Pressa em voltar para a sala, em fazer o colega calar sua boca lulista, em terminar as explicações execivamente minuciosas da professora.

Quando enfim minha pressa foi saciada, voltei à calmaria de andar e conversar até a parada de ônibus. Quando este demorou um pouco para chegar, a pressa de me transportar logo para o setor comercial se instalou. E demoroooooou.

Daí tive pressa em almoçar. Em chegar no restaurante com minha amiga, pedir um suco de laranja e me servir de vários deliciosos sushis, para então pegar meu hashi originalmente japonês e saborea-los regados a molho shoyo.

Mas o ônibus não atendeu a minha pressa. Daí meus planos mudaram. Minha amigha seguiu seu caminho, eu parei o meu no meio, resolvi minha vida na auto-escola, sem pressa, e parti, afobada, para o almoço saboroso, calmo e solitário... Só eu e os sashimis... Sem pressa.

Ao fim me dirigi, rapidamente, a meu estágio, onde, com pressa, pedi um taxi e fui parar na unb para cumprir minha pauta do dia. Lá, muita pressa em conseguir logo falar com alguém. Quando enfim consegui, me veio aquela sensação de calmaria e aproveitei cada instante, sem pressa.

Na volta para a redação, apressada, peguei o notebook e quis muito começar a escrever... mas aí veio aquela ância de falta de pressa, vulga preguiça, e deixei o resto do tempo passar. Para, no fim de tudo, andar com pressa debaixo dos chuviscos para chegar ao meu curso de espanhol... para ter a pressa de começar logo minha aula, acabar e chegar em ksa. Ao menos a pressa não se instalou durante.

Quando tive a idéia de escrever este texto, tive pressa de redigi-lo. Mas daí fui atropelada pela outra pressa: a de dormir.

Agora não tenho pressa, só uma espécie de tédio por não ter usufruido de minha inspiração quando ela se fez radiante.
Daí vem a velha observação: uma coisa pós-inspiração nunca é a mesma da inspirada. Ao menos fica o registro... de uma certa frustração.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

É PRECISO CHUVA PRA FLORIR...

A tradução de o que ando pensando e de o q tive a sorte de perceber:

"Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir"
Almir Sater - Tocando em frente

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

AMOR DO PRESENTE IMPERFEITO

Amor, amei.
Amo e
amarei.
Amado,
amante amador?

Amas
amar quem ama.
Amou
mal-amados
que amam.
Ame
se amasse...
Se amacem!
Amava
amores e
amoras.
Amacem amoras.
Amassem amores?
Amacem!
Amoras
amores.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril".
Por Oscar Wilde

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si próprio, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dias plantar suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver."
Por: Amir Klink

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O FULANO DO CHIP

Sábado foi um dia especialmente feliz.
Estive envolta de pessoas admiráveis e q sabem ser companhias divertidas e indispensáveis.
O papo no bar, a cerveja, o petisto, a situação e, até mesmo, o sol escaldante, tudo era regado a risadas. Não com o passar das horas ou minutos, mas com certeza com o passar dos momentos de goles instantâneos, a embriagez se fez.
Música alta, encontros, felicidade... e goles de cerveja.
Foi quando veio o xixi, resultado daqueles goles, que encontrei uma tal figura lá no canto do bar. O fulano sentava-se de lado numa cadeira no canto da parede e tinha as pernas cruzadas. Até aí, comum. O que me chamou a atenção imediatamente e o que fez com q minha espontaniedade embriagada me fizesse cumprimenta-lo, foi uma quantidade enorme de algo que parecia uma mangueira e que envolvia todo o seu corpo.
Em segundos passou por minha imaginação várias suposições de o que aproximadamente poderia ser aquele cara. Um mendigo, um dos novos hippies, um indiano (haja vista q ele tinha uma espécie de turbante na cabeça), um louco... até mesmo um doente.
- Olá!!!! Como vai?!
E ele me olhou estendendo a mão de maneira nem louca, nem doente, nem mendigando... apenas estendeu a mão como um lúcido inserido na sociedade. Isso me intrigou no mesmo instante e me fez raciocinar um pouco melhor.
- O que é isto ao seu redor?
Pegou minha mão, colocou em sua nuca e perguntou: - Sente?
Eu não havia sentido nada, mas, na dúvida, respondi q sim.
Em seguida, com seu sotaque argentino, me revelou um segredo: A igreja católica havia inplantado um chip em sua nuca.
Pensei: Isto está ficando interessante...
- Mesmo?! Porque? O que este chip faz?
Me lembrou de pessoas que morrem dormindo e disse que essas pessoas são mortas pela igreja através de ondas eletromagnéticas emitidas por unidades secretas da igreja.
Fiquei espantada... É verdade! Fiquei sim, tá?
- Mas porque a mangueira?
A mangueira, segundo ele, era composta por cobre, carvão e mais alguma coisa... Em suas costas havia uma coluna com algo parecido com esponjas.
Era para impedir que as ondas o atingissem e o matassem dormindo.
O Fulano é da Argentina e está em Brasília refugiado. Vive como nômade se escondendo pelos cantos do mundo.
- Porque a igreja pos o chip justamente em vc?
-Por dinheiro... mas é uma longa história... Se quiser, sente-se!
Então o xixi me apertou, e corri para o banheiro.
Na volta recebi uma dose de vodka de uma amiga e me despedi do Fulano. Ele disse seu nome... mas sabe como é a embriagez... Daí o encontrou se acabou. E hoje conto a história desse cara que só eu vi e conversei e causo mais um motivo para paranóias e a teoria do caos. Ou não!

CINCO POR CENTO

POR: Max Gehringer

"Eu hoje me lembrei de uma dessas estatísticas baseadas mais no bom senso do que na técnica. É a regrinha dos cinco por cento. Segundo essa regra, de tudo o que nós escutamos, vemos, falamos, lemos ou escrevemos todos os dias, só cinco por cento realmente interessam. O resto é descartável. Dá mesma forma, de cada cem estagiários contratados por empresas, só cinco chegarão a cargos de chefia. De cada cem pequenos negócios que são abertos, só cinco se transformarão no sucesso que o dono sonhava. De cada cem bons alunos, só cinco repetirão na vida profissional o bom desempenho que tiveram na escola. A mesma regra vale para o trabalho. Se nós passamos 40 horas por semana em uma empresa, só durante cinco por cento desse tempo, ou duas horas, estaremos fazendo alguma coisa pela qual poderemos ser lembrados daqui algum tempo. As outras 38 horas são gastas em trabalhos de rotina, em reuniões, em conversas ao telefone ou em bate papos sem importância. Um teste que eu fazia comigo mesmo era me perguntar como eu tinha gasto minhas duas horas de criatividade na semana anterior. E, no mais das vezes, eu descobria que tinha sido simplesmente engolido pela rotina. Essa lição dos cinco por cento eu devo a meu saudoso professor Wantuil. Certa vez, depois de mais uma daquelas algazarras incontroláveis durante a aula, o professor Wantuil nos disse que os 95% dos alunos que quisessem continuar com a bagunça poderiam continuar a vontade, porque ele estava interessado só nos cinco por cento que iriam ser alguma coisa na vida. E a classe imediatamente ficou em silencio, porque todo mundo sempre se considera parte dos cinco por cento. Não sei se a lição funcionou no meu caso, mas certamente funcionou no caso do professor Wantuil. Porque eu devo ter tido uns 100 professores na vida, e ele é um dos cinco que eu ainda me lembro".

Quando escutei essas palavras e voz de Max Gehringer na CBN numa segunda-feira pela manhã, achei incrível a mensagem que esta crônica passa. E, acredite, faz mais sentido com a narração dele.
Resolvi compartilhar.

AZUL CLARO

Imersa num azul profundo, fresco
Livre
Flutuando por uma brisa massageante
Livre
Amparada pela alma amiga, de um azul diferente
Livre
Transitando por tempos passados e futuros
Livre
Conhecendo a beleza do outro
Livre
Aprendendo a ser
e a estar
e a viver
Livre.

VEREDA DOCE & CIRCUNSTÂNCIA DA VEREDA

E essa semana recomeça tudo. Cursos, faculdade... E bota recomeçar nisso! Amanhã será um dia de recomeços. Recomeço no sentido mais profundo da palavra. Acho que estou com um pouco de medo, mas vou me focar em boas energias e seguir em frente. Fazer tudo ser diferente e valer a pena. Agora eu sou outra, mais forte e capaz. Superei mais obstáculos do que havia superado há uns meses atrás. Sei que consigo. Se esse mês q se foi serviu para me mostrar novas possibilidades, o dia q começará amanhã estará para o mesmo. Ao menos é mais otimista e confortante pensar assim. Aliás, o dia de amanhã e todos os outros que virão serão o que eu quiser, já me convenci disso. Vou fazer minhas horas durarem levemente. Levemente pois sem o excesso de seriedade que eu havia deposita em minha vida. Como já disse outra vez, seriedade constante não é comigo. Na verdade, os momentos sérios, duros, têm de ser raros. E, para minha tranqüilidade, venho percebendo q tem sido assim. Até os supostos momentos sérios, não necessitam de tanta seriedade assim.
Estou tomando doses de liberdade extremamente doces! Isso tem sido perfeito... perfeito com toda a imperfeição q a perfeição exige. Aprendi muito com a alma q encontrei vagando por aqui. "Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar". Aprendi a ensinar também. Posso até dizer que a intensidade feliz desse mês e pouco que passou valeu por toda a breviedade sistematicamente tediosa e infeliz dos meses passados.
Bom, vou vivendo meus 5% q valem a pena.
Depois conto a historinha dos 5% q andei ouvindo por aí... Também aguarde pelo registro de peripécias já presenciadas por esse mundo louco.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

"Um velho índio descreveu certa vez os seus conflitos internos:

- Dentro de mim existem dois cachorros. Um deles é cruel e mau, o outro é bom e dócil. Eles estão sempre a brigar.

Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu:

- Aquele que eu alimentar".


E agora o silêncio se faz... deixa.