quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SOBRE AMANHECER I

A lembrança mais simbólica deste ciclo que começa é aquela janela aberta. Algumas vezes, entre sua moldura, vi o azul da noite clarear com os raios de sol, em dias que já nasciam quentes. Sempre que meu instinto pediu, coloquei o corpo para fora do apartamento e senti a luz nova entrar pela pele. Fechei os olhos e enxerguei a claridade ultrapassar as pálpebras. Ao mesmo tempo, senti a brisa fria soprar os cabelos e o rosto, e chegar aos pulmões, refrescando o corpo por dentro.
Não sei dizer se foi a situação ou nós que variamos em cada uma dessas vezes. Mas sei que o sentido de tudo aquilo foi o mesmo desde o começo. Diversificou-se a cada repetição. Multiplicou-se. Dividiu-se e somou-se.