WELCOME TO THE MACHINE
Como estagiar está me fazendo bem! Como aprendo sobre essa máquina que é a vida real... ao mesmo tempo em que é tão mecanizada, ela é surpreendente e inovada. Dura mas adorável. Não chega a ser gentil, mas amigável.
Vivo uma dualidade de sensações. Por um lado me encanto com tudo o que consegui, por outro me indigno e entristeço pelo o que perdi, não cumpri e falhei. Falhar é horrível quando não é um hábito. Eu havia esquecido, ou jamais conhecido, o quanto uma falha é simples. Sempre soube: uma vida boa é feita de coisas simples. E estas quando não são feitas com a simplicidade que lhes é atribuída, tornam-se complicadas, difíceis. É bem por aí... por algum motivo saí do meu doce e azul caminho, mas não escolhi bem por qual proseguir... apenas fui sem vontade e agora estou perdifa numa selva de incertezas, durezas. Pedras. Meu caminho está cheio de pedras pois ainda não tive a astúcia de remove-las ou usa-las a meu favor. Fui as guardando e as esquecendo até que o sobrepeso se tornou insustentável. Agora penso que tenho que revelar uma a uma e descobrir o que fazer com elas. Basta ter paciência e carinho para com minhas escolhas. Basta achar uma fonte de alegria e, sob ela, raciocinar, por a cabeça no lugar, sacudir a poeira e cair na real.
Ps. Este foi um momento de clareza que não tinha há muito tempo.
Uma observação de momento de crise:
As pessoas nunca, jamais, vão perder o tempo, calmaria ou energia delas para olhar profundamente pra dentro de quem precisa. Por isso a depressão é tão solitária, o que a torna bem pior. Observei isso, mas continuo sem compreender a solidão.
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