segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O FULANO DO CHIP

Sábado foi um dia especialmente feliz.
Estive envolta de pessoas admiráveis e q sabem ser companhias divertidas e indispensáveis.
O papo no bar, a cerveja, o petisto, a situação e, até mesmo, o sol escaldante, tudo era regado a risadas. Não com o passar das horas ou minutos, mas com certeza com o passar dos momentos de goles instantâneos, a embriagez se fez.
Música alta, encontros, felicidade... e goles de cerveja.
Foi quando veio o xixi, resultado daqueles goles, que encontrei uma tal figura lá no canto do bar. O fulano sentava-se de lado numa cadeira no canto da parede e tinha as pernas cruzadas. Até aí, comum. O que me chamou a atenção imediatamente e o que fez com q minha espontaniedade embriagada me fizesse cumprimenta-lo, foi uma quantidade enorme de algo que parecia uma mangueira e que envolvia todo o seu corpo.
Em segundos passou por minha imaginação várias suposições de o que aproximadamente poderia ser aquele cara. Um mendigo, um dos novos hippies, um indiano (haja vista q ele tinha uma espécie de turbante na cabeça), um louco... até mesmo um doente.
- Olá!!!! Como vai?!
E ele me olhou estendendo a mão de maneira nem louca, nem doente, nem mendigando... apenas estendeu a mão como um lúcido inserido na sociedade. Isso me intrigou no mesmo instante e me fez raciocinar um pouco melhor.
- O que é isto ao seu redor?
Pegou minha mão, colocou em sua nuca e perguntou: - Sente?
Eu não havia sentido nada, mas, na dúvida, respondi q sim.
Em seguida, com seu sotaque argentino, me revelou um segredo: A igreja católica havia inplantado um chip em sua nuca.
Pensei: Isto está ficando interessante...
- Mesmo?! Porque? O que este chip faz?
Me lembrou de pessoas que morrem dormindo e disse que essas pessoas são mortas pela igreja através de ondas eletromagnéticas emitidas por unidades secretas da igreja.
Fiquei espantada... É verdade! Fiquei sim, tá?
- Mas porque a mangueira?
A mangueira, segundo ele, era composta por cobre, carvão e mais alguma coisa... Em suas costas havia uma coluna com algo parecido com esponjas.
Era para impedir que as ondas o atingissem e o matassem dormindo.
O Fulano é da Argentina e está em Brasília refugiado. Vive como nômade se escondendo pelos cantos do mundo.
- Porque a igreja pos o chip justamente em vc?
-Por dinheiro... mas é uma longa história... Se quiser, sente-se!
Então o xixi me apertou, e corri para o banheiro.
Na volta recebi uma dose de vodka de uma amiga e me despedi do Fulano. Ele disse seu nome... mas sabe como é a embriagez... Daí o encontrou se acabou. E hoje conto a história desse cara que só eu vi e conversei e causo mais um motivo para paranóias e a teoria do caos. Ou não!

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