EMPIRISMO
Desculpe, mas não posso mais.
Nunca fui muito boa em esperas, em especial àquelas que parecem terminar em reticências.
A espera com caráter de vírgula, vá lá. É sempre necessária, uma respiração, breve separação, um tempo justificável que pode mudar o sentido das coisas. - Por falar em pontuação, o ponto final é o mais radical. Depois dele, o que vem é o novo ou o nada. Não há pausas. Ele se basta e o máximo que carrega de esperas é a esperança.
No entanto, a espera-reticências é tão livre que corre o risco de receber diferentes interpretações a cada momento. Ela depende da imaginação, por isso eu não posso mais.
Às vezes confundo intuição com imaginação e acho que posso continuar assim, "reticenciando". Mas imaginar nunca me levou adiante e sempre me foi apenas um meio de despressurização.
Eu imagino sempre, é verdade. Mas a imaginação nunca me convence e do que eu preciso é de acreditar. Eu só sei viver assim, com fé. Creio em meus sentimentos e me guio pela intuição - às vezes deixo as asas rudes do instinto me impulsionarem, apenas pelo prazer de arriscar.
Mas depender da imaginação, me desculpe, não posso mais. Eu confundo tudo e fico com a solidão da dúvida, a mais míope de todas. Sinto muito, mas não posso mais lidar com tamanha obscuridade... Pois eu sinto muito.
Nunca fui muito boa em esperas, em especial àquelas que parecem terminar em reticências.
A espera com caráter de vírgula, vá lá. É sempre necessária, uma respiração, breve separação, um tempo justificável que pode mudar o sentido das coisas. - Por falar em pontuação, o ponto final é o mais radical. Depois dele, o que vem é o novo ou o nada. Não há pausas. Ele se basta e o máximo que carrega de esperas é a esperança.
No entanto, a espera-reticências é tão livre que corre o risco de receber diferentes interpretações a cada momento. Ela depende da imaginação, por isso eu não posso mais.
Às vezes confundo intuição com imaginação e acho que posso continuar assim, "reticenciando". Mas imaginar nunca me levou adiante e sempre me foi apenas um meio de despressurização.
Eu imagino sempre, é verdade. Mas a imaginação nunca me convence e do que eu preciso é de acreditar. Eu só sei viver assim, com fé. Creio em meus sentimentos e me guio pela intuição - às vezes deixo as asas rudes do instinto me impulsionarem, apenas pelo prazer de arriscar.
Mas depender da imaginação, me desculpe, não posso mais. Eu confundo tudo e fico com a solidão da dúvida, a mais míope de todas. Sinto muito, mas não posso mais lidar com tamanha obscuridade... Pois eu sinto muito.
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