"A fome quando vem não dialoga
não faz yoga, não dança balé
A fome quando vem afoga
Não afaga, enfraquece a fé
A fome quando vem assola
Não brinca de roda nem faz cafuné
Não quer saber qual é a moda
Não se importa nem arreda o pé
Quando eu vejo você vem a fome
Bater na por lá de casa
Querendo saber
O que é que tem pra comer
Quem me olha, ignora
a panela vazia
Cheia de saudade
A verdade se encontra
Em cima da mesa
E o sol escorre através da peneira
A fome sem medida
A fome sem saída
Fome cega pra te ver
Fome do homem que é pura fome de viver"
[Em Nome da Fome, Maurício Baia]
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