quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Nosso amor ridículo se enquadra na moldura dos séculos"

"Nosso amor ridículo se enquadra na moldura dos séculos
Sugo espirais das nuvens de cigarro que fumo
Sofro baforadas-caramujo por entre volutas do universo
Eu, pequenino grão de areia-poeta, plasmo rima aliteração
metáfora oximoro verso
Pasto palavra: quinquilharia ninharia palácio do nenhures
ó castelo
De vento
pastel de brisa
monte de ganga bruta
Estuário de buginganga nonada
Em confronto com manadas miríades d´estrelas espoucadas
Sobre os sete diferentes mares que sete espelhos são para
algum mar
Absoluto
(roma e baalbeck e bagdad e babilônia e babel sideral)
E é nosso amor tão diminuto
lampejo de segundo
relâmpago dissoluto
Filete dum rio minúsculo
Microscópio leito
Amor .....................................................nosso século:
Buraco negro sorvedouro de vulto aroma luz
Bagaços de rolha bolha borra porra pó
Bebo vinho precioso com mosquitos dentro
muriçoca maruim potó"

[Waly Salomão]

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter."
[Martha Medeiros]