terça-feira, 27 de julho de 2010

"(...) Seu grão de angústia amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.

Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde."

[Canpo de Flores - Carlos Drummond de Andrade]

Engano-me
Não sou nova
Sou novamente

terça-feira, 20 de julho de 2010

DESACOSTAMENTO

A impessoalidade me faz bem. Preciso me afastar para enxergar as nuances, as formas que de perto não consigo perceber.
Assim, como agora, longe de minha rotina, do que me é familiar, daqueles com quem tenho um passado, pude configurar minha vida.
Preciso refazê-la com força. Não há mais tempo para procrastinações, conceções. The game is over. The dream is new.
Pé no acelerador. O tempo perdido é irrecuperável... Vou atrás do tempo novo. Vento no rosto, restrovisor largo, tanque cheio, faróis altos, caminho próprio. Reinvento minha viagem, faço novas passagens. Coração bate selvagem, a pressa me alcançou.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

quando estou com você
fico mais em mim

domingo, 4 de julho de 2010

I WANT IT ALL

Eu acredito nas mudanças. Acredito mesmo, pago para ver. Sou uma pessoa de fé, com humanidade. Corro o risco, ciente, e este não tem mais importância que minha crença.
Posso demorar a me convencer, precisar ver para crer, tocar para sentir... mas quando minhas certezas são maiores que as dúvidas, eu construo e dou crédito com generosidade e afeto, sou entregue.

"Ninguém muda", ouço dos desistentes. Ora, como não?! Eu mesma me transformei inúmeras vezes, dentro de poucos meses. Desviei caminhos, fui velocista na estrada do excesso, desbravadora da mata seca e escura da razão, fadigada caminhante das margens da exceção, carona da loucura... e agora, plena moradora curiosa do palácio da sabedoria.
Se eu, demasiada humana que sou, comprovo ser capaz de transformações e adaptações das circunstâncias, não desconfio da capacidade alheia...