sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A ESMO

O constante conflito das profundezas apavora a fluidez das ondas. Transforma a livre impulsão deste mar de emoções. Ele, que se renova entre cada chegada ao sol e retorno à imensidão, está em tempestade. Nesta tormenta, a única clareza é que os elementos estão desordenados sem harmonia.
Carregado de desequilíbrio, o mar lança as ondas sobre pedras, com insistente violência, e, de maré alta, alcança o que não deve. Por vezes, recua de repente. Outrora, ameaça um tsunami. Mesmo sob o sol forte de brilhantes dias, ou diante do frescor da manhã que surge, ou ainda com o espetáculo da noite que cái por trás, a tormenta não cessa.
No meu mar de emoções, as ondas correm a esmo. E isso acaba com os sentidos de quem escolheu viver "como uma onda no mar".

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