quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Parafraseando Ed Mort.

Pena e comiseração para os que não deram o passo crucial. Pena e comiseração para os que preferiram o pássaro na mão. Para os que não foram ser legionários dos seus primeiros sonhos. Para os que hesitaram na hora de pular. Para os que pensaram duas vezes. Pena e comiseração para os que envelheceram tentando decidir o que iam ser quando crecessem. E para os que decidiram, mas na hora não foram.
Alguns passam a vida acompanhados pelo que podeiam ter sido. Por fantasmas do irrealizado. Um cortejo de rerrentimentos.
Você conhece muitos assim. Gente que cultiva suas oportunidades perdidas como outras guardam o próprio apêndice num vidrinho. E não perdem a chance de contar como foi a oportunidade perdida.
Pena e comiseração para os que não saíram daqui quando deviam. Há quem diga que o passo crucial só pode ser dado uma vez e nunca mais. Tem a sua hora certa, e ela não volta. Bobagem, claro. Mas não para os que tiveram a sua hora e não aproveitaram. Os mártires do por pouco.
Você já ouviu a história várias vezes. Mas não pode impedi-lo de falar. O único divertimento que lhe resta é o que ele poderia ter sido. Os que não deram p passo crucial quando deviam estão condenados ao condicional. E têm a volúpia da própria frustração.
Agora é tarde. A decisões erradas são irrecorríveis. Você o imagina cercado das suas alternativas.
Triste, triste. Eu ia escrever uma boa crônica sobre tudo isso. Mas o assunto me fugiu, perdi a hora certa. Agora é tarde...

Nunca é tarde demais.

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