quarta-feira, 11 de abril de 2007

Nada do que foi será.

É lindo ver a mudança aflorar nas pessoas. Lindo perceber que certos seres se tornam melhores do que eram... ou nem melhores, nem piores; diferentes, mais atuais e felizes. A atualização do ser é tão necessária quanto o crescer.
Falo de pessoas como a que quando a fitei pela primeira vez era simpática, cheia de curiosidades e indecisões. Por algum motivo lá estava ela naquele corredor, mas sem saber ao certo o que realmente era estar ali. Sei, pois compartilhamos isso. Dois anos se passaram. Ela trocou a habilitação da Comunicação Social e agora está aí com suas saias rodadas e blusas sobrepostas, cabelos mais curtos, trabalhando e mais que escrevendo, falando coisas tão criativas e livres. Ela se tornou.
Há pouco conheci outra pessoa que depois de um choque emocional triste uniu forças e voltou a seu curso universitário, resolveu se tatuar, fez mais amigos... deu a chamada "volta por cima". Agora começou outra libertação para ela. Talvez a primeira lhe mostrara que ela poderia buscar algo a mais que a fizesse mais feliz. Mudou de idéia, abandonou o curso, alisou os cabelos e vai começar coisas novas.
Esses são dois exemplos que demontram quão belo é isso, o quão belo é mudar. Não que eu não tenha sentido isso antes.
Quando observo o que é belo, procuro investigar se tenho isso também. Será que tenho mudado... Sei que sim, mas eu enxergo a mim mesma de maneira mais complexa e não me vejo do meu lado de fora. Não tem graça eu mesma me interpretar.
Mas sabe, a mudança é latente aqui todo o tempo. Todo novo dia é um dia para a mudança. E a modificação pode vir como chance, escolha ou mesmo desapercebida na prática de exercícios diários que a rotina nos concede.
Eu procuro mudar minha maneira de enxergar as coisas todos os dias. As coisas e as idéias são inesgotáveis. É... Às vezes essa idéia de mudança me cansa também. Hoje mesmo acordei cansada do mundo... incluindo minha cara.

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