quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A REVOLUÇÃO DO NOVO

O novo ano me veio com um sutil passar de ponteiros sem especiais comemorações. Foi natural como nunca antes havia sido, mas não deixou de trazer planos concretos e esperanças ou um suspiro antes de dormir para a chegada do primeiro dia do ano.
Talvez esse toque fraco seja resultado da distância de muito do que já é meu... ou talvez tenha sucedido pela constância de novidades com a qual tenho vivido.
Em um ano novo ou não, o importante é esta época de conhecimento profundo do novo e do que sempre esteve por perto, apesar de impercepitível. Não é a toa que meus instintos me levam às viagens. Faz parte de mim. Preciso estar em contato com o desconhecido, com o perdido, com o perigo, com a desproteção, o mistério e com o até então intocável com mim.
Preciso às vezes me distanciar do que é meu por rotina. Como casa, trabalho, estudo, projetos em andamento... Os lugares e pensamentos que me vêm diariamente. Minha cama, meu lar que guarda as angústias e alegrias cotidianas. Estar fora do meu cotidiano me custa saudades... Não dos lugares e atividades rotineiras, estas não me provocam saudades, mas das pessoas, reais companheiras de vida, o maior caminho de todos.
Amigos, família, amor... estes seres que sempre serão um mistério e que são, cada um, lugares raros e capazes das mais profundas transformações, ensinamentos e de gerarem sentimentos únicos e imprevistos. Minhas maiores saudades sempre serão as pessoas conquistadas mutuamente... E a saudade até hoje me tem sido o mais doloroso e revolucionário sentimento.

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