domingo, 15 de março de 2009

CHUVA COM SOL

Hoje é mais um dia para o contraponto da vida. A contradição rotineira e o imprevisto tomam minhas horas e planos como nunca. Talvez seja assim pra sempre e talvez nunca possa deixar de contar com esse desregramento do destino.
Enquanto chove em minha alma, a esperança quase racional baseada no mesmo desconhecido do imprevisto a ilumina.
Agora estou em recesso. Como numa pausa, me reservando. E aposto: depois dessa última jogada do destino o que vem é novo, e o que é novo é bem-vindo e dá trabalho.
Para o novo me alcançar, ou vice-versa, é preciso que o lamento seja breve, que o choro não inunde e que a estagnação não aconteça. Foi isso que aprendi sobre não perder tempo.
Pode chover na alma, no peito, na mente, que o sol das minhas horas tem raízes bem cravadas. Assim, por mais que chova, a luz persiste; por mais que a água seja fria, sobre tudo pode acontecer um arco-íris.

Um comentário:

Zingador disse...

"...sobre tudo pode acontecer um arco-íris..." Que lindo isso, que colorido, que vivo e prático, além de poético. Uma forma de ver e entender as coisas, por mais que elas insistam em acontecer como devem e nem sempre ser do jeito que gostaríamos.
Perfeito.
Abraço perfumado minha querida.