sexta-feira, 10 de junho de 2005

Hoje sim

Hoje o dia nasceu frio, mas não como os outros dias, era diferente, a frieza não pôde acalentar a dor dessa vez. Nada de diferente na ida à faculdade, tudo bem parecido com os dias antecessores, exceto pelo sentimento de esperança que talvez apontava em mim, era singelo mas fazia sua parte. Na aula mais uma prova entregue, uma boa nota, por um instante temi o fracasso. Bom seminário de Psicologia e Religião fez persistir em mim a admiração pelo conhecimento psicológico. Fim de aula antecipado, a rotina de sempre, um papo comum... sem intensidade!

Num momento diversas pessoas que conheci separadamente se juntaram e tive uma grande certeza de que o mundo (ou pelo menos aquela universidade) é um ovo, todos(lê-se pessoas dignas... ou quase) se conhecem ou se conhecerão, a máfia estará formada! Interessante é me ver no meio disso! Algo novo, entusiasmante finalmente! Pessoas loucas, assuntos crus que de repente atingem um nível bom, ou quase inteligível, de complexidade. Sim! É isso que me instiga! Algumas dessas pessoas hoje, por momentos, me fizeram criar novamente um futuro próximo, me fizeram falar com voracidade de desejos, idéias e ideais, senti a integridade, a intensidade e principalmente a integração!
Cheguei a ser mais eu e outro eu, sinto quase ofegante uma nova perspectiva! Como é bom! Espero que perdure...

Para a tarde não tinha feito planos... esqueci-me de tudo! Veio o sono e dormi durante toda a tarde sem remorso...
Amanhã terei aqui meu amor... vamos aproveitar bastante, eu sei!!! E nada mais propício para meu momento atual que a presença dele... poderia dizer porque, mas não...

Agora a noite achei que poderia fazer algo extra-casa ao menos, mas talvez, como os outros dias, fique eu e eu dentro desse quarto, minha casa de fato. Aqui nasce as idéias, guarda os sentimentos, é produzido os desejos, há falas e principalmente música e "escrituras". É meu lar. Fico com minhas manias, vontades e longe das repressões do mundo externo, não tenho a proteção de alguém como sempre, mas aprendo a criá-la. A cada dor, a cada saudade nasce uma força de mim mesma para apaziguá-las... e com estas, que vêm de mim, aprendo a conviver e me refugiar... pode ser ruim, mas por enquanto aprendo a cada vez mais viver em mim e tirar de mim mesma meus sustentos sentimentais. A pessoas de minha vida e as que busco são insubstituíveis, mas o consolo próprio ameniza a falta destas... no momentos que eu as tiver(pessoas), com certeza largo e largarei a auto sustentação. Isso deve ser humano.

Escrevo pra mim mesma, por mim mesma, mas é um desejo forte, às vezes de vaidade mesmo, ter mentes alheias para dividir cada palavra...

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