segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

CINCO POR CENTO

POR: Max Gehringer

"Eu hoje me lembrei de uma dessas estatísticas baseadas mais no bom senso do que na técnica. É a regrinha dos cinco por cento. Segundo essa regra, de tudo o que nós escutamos, vemos, falamos, lemos ou escrevemos todos os dias, só cinco por cento realmente interessam. O resto é descartável. Dá mesma forma, de cada cem estagiários contratados por empresas, só cinco chegarão a cargos de chefia. De cada cem pequenos negócios que são abertos, só cinco se transformarão no sucesso que o dono sonhava. De cada cem bons alunos, só cinco repetirão na vida profissional o bom desempenho que tiveram na escola. A mesma regra vale para o trabalho. Se nós passamos 40 horas por semana em uma empresa, só durante cinco por cento desse tempo, ou duas horas, estaremos fazendo alguma coisa pela qual poderemos ser lembrados daqui algum tempo. As outras 38 horas são gastas em trabalhos de rotina, em reuniões, em conversas ao telefone ou em bate papos sem importância. Um teste que eu fazia comigo mesmo era me perguntar como eu tinha gasto minhas duas horas de criatividade na semana anterior. E, no mais das vezes, eu descobria que tinha sido simplesmente engolido pela rotina. Essa lição dos cinco por cento eu devo a meu saudoso professor Wantuil. Certa vez, depois de mais uma daquelas algazarras incontroláveis durante a aula, o professor Wantuil nos disse que os 95% dos alunos que quisessem continuar com a bagunça poderiam continuar a vontade, porque ele estava interessado só nos cinco por cento que iriam ser alguma coisa na vida. E a classe imediatamente ficou em silencio, porque todo mundo sempre se considera parte dos cinco por cento. Não sei se a lição funcionou no meu caso, mas certamente funcionou no caso do professor Wantuil. Porque eu devo ter tido uns 100 professores na vida, e ele é um dos cinco que eu ainda me lembro".

Quando escutei essas palavras e voz de Max Gehringer na CBN numa segunda-feira pela manhã, achei incrível a mensagem que esta crônica passa. E, acredite, faz mais sentido com a narração dele.
Resolvi compartilhar.

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