quinta-feira, 17 de julho de 2008

AMARELANDO

Meu coração anda amarelando ao modo de Neruda.
Já não tenho muita escolha, já não sou muita coisa, sei de quase nada.
Os planos caem por terra a cada tentativa. Quando penso estar seguindo o caminho novo: PUFF, a trilha se dispersa. Tento enxergar novidades no horizonte e NADA.
O sol se pôs novamente e grande parte de meu dia apenas passou... se foi carregando tudo o que deixei de cometer. Daí o sono da noite parece desnecessário como se ela fosse novamente compensar o dia que passou pelas costas... Mas toda noite eu tento.
"O que te apetece"? Não sei. Tudo, nada... tanto faz! Não respondo.
Vem a vontade de chorar mas o choro não acontece. Nem mesmo isso!
Vazio...
Já senti vazios diversos... Nenhum tão estranho como este.
Deve ser culpa deste amarelo gastando meu azul.
Bom, que passe logo! E que esta história de amarelar o azul no fim se torne apenas um versinho, como aquele do Leminski:
"Amar é um elo
entre o azul
e o amarelo".

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