quarta-feira, 2 de julho de 2008

PESO DA DOR

São nessas horas frias, sem horizonte e de noite alheia que minhas dores resolvem minar minhas esperanças, sonhos, e tudo o mais que nutre aquela pontinha de força que cultivo com muito cuidado.
São em horas como essa que chego a me convencer de que superestimo o poder dessa forcinha que insisto em regar com o que há de melhor em mim.
Mas são em horas como essas que sinto essa forcinha segurar sozinha as toneladas do peso de minhas lágrimas e descrenças. Então me supreendo. Apesar de frágil, tem o poder da luta.
Depois tudo vira pó.
Daí eu assopro
Olho ao redor
E - bem como me ensinei- nem lembro o que doeu.
Só sei que passou
E o amanhã já vem.

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